sexta-feira, 12 de setembro de 2008

MURNAU NA SALA P. F. GASTAL




Na semana em que o festival de teatro Porto Alegre em Cena exibiu uma de suas principais atrações, o Fausto do diretor lituano Eimuntas Nekrosius, a Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro coloca em cartaz a mais célebre versão cinematográfica da obra de Goethe, o Fausto de F. W. Murnau, realizado em 1926. O filme faz parte de uma pequena mostra dedicada ao grande diretor alemão, no ano em que se comemora seu 120º aniversário de nascimento (Murnau nasceu em 1888, na cidade de Bielefeld). A partir de terça-feira, dia 16 de setembro, até domingo, dia 21, a mostra 4 Vezes Murnau permitirá ao espectador assistir na tela grande quatro obras-primas deste que é um dos grandes nomes do expressionismo alemão.

Nos dias 17, 18 e 19, excepcionalmente não haverá sessão às 19 horas, em função do espetáculo Os Bandidos, de Zé Celso Martinez Corrêa, programado para a Usina do Gasômetro. Nos dias 20 e 21 de setembro, nos horários das 15:00 e 17:00, a Sala P. F. Gastal recebe o evento Vivo arte.mov – Festival Internacional de Arte em Mídias Móveis.

PROGRAMAÇÃO

Fausto (Faust, 1926, 85 minutos) – Satã envia Mefistófeles à Terra para comprar a alma de Fausto. Considerada a melhor adaptação para o cinema da obra de Goethe, sua fotografia em preto & branco está entre os pontos altos do expressionismo alemão.


A Última Gargalhada (Der Letze Mann, 1924, 91 minutos) – Um grande estudo sobre a humilhação, que tem como um de seus trunfos a antológica atuação do ator Emil Jannings. A trama mostra os dramas de um porteiro de hotel berlinense (Jannings) que, por estar muito velho, é privado de seu uniforme elegante e torna-se zelador de banheiros. Humilhado, pensa em suicídio, enquanto sofre problemas de convivência no pobre alojamento que divide com a filha e seu noivo.
Nosferatu – Sinfonia de Horror (Nosferatu – Eine Symphonie des Grauens, 1922, 94 minutos) – Muito mais do que um mero filme de terror, o Nosferatu de Murnau logo seria aclamado como uma incontestável obra-prima do cinema. Um dos pilares do cinema expressionista alemão, estudado por críticos como Lotte Eisner e Siegfried Kracauer, Nosferatu – Sinfonia de Horror conta com uma impressionante atuação de Max Schreck, que teria sido “possuído” por seu personagem, fato que inspirou o diretor E. Elias Merhige a realizar o filme A Sombra do Vampiro (2000), sobre os bastidores da conturbada produção. Mas é no habitual virtuosismo da direção de Murnau que o filme continua se sustentando.
Tartufo (Herr Tartüff, 1925, 74 minutos) – A peça homônima de Molière é o ponto de partida para Murnau criar outra de suas obras-primas. Nesta original adaptação, o diretor coloca em cena um jovem que apresenta a seu avô um filme baseado no texto de Molière, a fim de revelar ao velho as semelhanças entre um amigo hipócrita e falso da família com o personagem da peça.

GRADE DE HORÁRIOS

Semana de 16 a 21 de setembro de 2008

Terça-feira (16 de setembro)
15:00 – Fausto
17:00 – A Última Gargalhada
19:00 – Tartufo

Quarta-feira (17 de setembro)
15:00 – Tartufo
17:00 – Fausto

Quinta-feira (18 de setembro)
15:00 – Fausto
17:00 – A Última Gargalhada

Sexta-feira (19 de setembro)
15:00 – A Última Gargalhada
17:00 – Fausto

Sábado (20 de setembro)
15:00 – Vivo arte.mov – Palestra e oficina com Rodrigo Minelli (entrada franca)
17:00 – Vivo arte.mov – Exibição de filmes (entrada franca)
19:00 – Mostra 4 Vezes Murnau (Nosferatu – Sinfonia de Horror)

Domingo (21 de setembro)
15:00 – Vivo arte.mov – Palestra e oficina com Rodrigo Minelli (entrada franca)
17:00 – Vivo arte.mov – Exibição de filmes (entrada franca)

19:00 – Mostra 4 Vezes Murnau (Nosferatu – Sinfonia de Horror)


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